ATA DA SÉTIMA SESSÃO SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 08-5-2001.

 


Aos oito dias do mês de maio do ano dois mil e um reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e vinte e nove minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear o vigésimo quinto aniversário da Opus Promoções, nos termos do Requerimento nº 060/01 (Processo nº 1002/01), de autoria do Vereador Roque Jacoby. Compuseram a Mesa: o Vereador Fernando Záchia, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; a Senhora Margarete Costa Moraes, Secretária Municipal da Cultura; a atriz Glória Menezes; a apresentadora Tânia Carvalho; o Senhor Lauro Schirmer, Diretor da Rede Brasil Sul - RBS; os Senhores Geraldo Lopes e Carlos Eduardo Konrath, Diretores da Opus Promoções; o Vereador Roque Jacoby, na ocasião, Secretário "ad hoc". A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino Nacional e, após, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Roque Jacoby, em nome das Bancadas do PSDB, PDT, PMDB e PL, saudou o transcurso do vigésimo quinto aniversário de fundação da Opus Promoções, destacando a contribuição prestada por essa empresa para o desenvolvimento da cultura, da educação e do turismo no Município e no Estado, através da promoção dos mais variados espetáculos artísticos. Após, o Senhor Presidente registrou as seguintes presenças, como extensão da Mesa: dos Senhores Márcio Corá e Paulo Mati, representantes da Companhia Zaffari; do Senhor Cacaio Praetzel, representante da Praetzel Comunicação; do Senhor Roni Leal, representante da Associação dos Produtores Culturais do Rio Grande do Sul; da Senhora Maria José Hickman, representante da Rede Brasil Sul - RBS e da TV Comunidade - TV COM. Também, o Senhor Presidente registrou o recebimento de correspondências alusivas à presente solenidade, enviadas pelo Desembargador Luiz Felipe Vasques de Magalhães, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, pelo Senhor Renato de Oliveira, Secretário Estadual da Ciência e Tecnologia, pelo Deputado Estadual Kalil Sehbe e pelo Senhor João Motta, Secretário do Planejamento Municipal. A seguir, foi dada continuidade às manifestações dos Senhores Vereadores. O Vereador Adeli Sell, em nome das Bancadas do PT e PC do B, cumprimentou a Opus Promoções pelo transcurso dos seus vinte e cinco anos de fundação, analisando questões atinentes à interação entre a iniciativa privada e o Poder Público na implantação de projetos e parcerias tendentes ao desenvolvimento da cultura e salientando a participação da Opus Promoções nesse processo. O Vereador Reginaldo Pujol, em nome da Bancada do PFL, frisou a importância e a oportunidade da iniciativa do Vereador Roque Jacoby, no sentido de promover a presente solenidade em homenagem aos vinte e cinco anos da Opus Promoções, comentando a qualidade e a responsabilidade sempre demonstradas por essa empresa no exercício das suas atividades de promoção cultural. O Vereador Carlos Alberto Garcia, em nome da Bancada do PSB, afirmou ser a Opus Promoções uma garantia de bons espetáculos culturais no Rio Grande do Sul, abordando aspectos atinentes à participação dessa empresa, através de idéias e sugestões, na elaboração do Projeto de Lei do Legislativo nº 118/97 (Processo nº 1897/97), que dispõe sobre a abertura de apresentações artísticas internacionais no Município. O Vereador João Carlos Nedel, em nome da Bancada do PPB, destacou a justeza da homenagem hoje prestada à Opus Promoções pelo transcurso do seu vigésimo quinto aniversário. Nesse sentido, exaltou o trabalho realizado pela Opus Promoções no sentido de difundir e popularizar as atividades culturais em Porto Alegre, de modo a torná-las acessíveis a um número cada vez maior de pessoas. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra à apresentadora Tânia Carvalho que, em nome da Opus Promoções, agradeceu a homenagem hoje prestada por este Legislativo aos vinte e cinco anos de existência dessa empresa. Após, foi realizada apresentação de vídeo, alusiva ao transcurso do vigésimo quinto aniversário da Opus Promoções. Após, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem a execução do Hino Rio-Grandense e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e quarenta e quatro minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Fernando Záchia, Carlos Alberto Garcia e Reginaldo Pujol e secretariados pelo Vereador Roque Jacoby, como Secretário "ad hoc". Do que eu, Roque Jacoby, Secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pela Senhora 1ª Secretária e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a homenagear o 25º aniversário da Opus Promoções.

Convidamos, para compor a Mesa, a Sr.ª Margarete Moraes, Secretária Municipal de Cultura, representante do Sr. Prefeito Municipal; os diretores da Opus Promoções, Srs. Geraldo Lopes e Carlos Eduardo Konrath; a atriz Glória Menezes; a querida amiga apresentadora Tânia Carvalho; e o Diretor da RBS, Dr. Lauro Schirmer.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.

 

(Executa-se o Hino Nacional.)

 

O Ver. Roque Jacoby está com a palavra, em nome das Bancadas do PSDB, PDT, PMDB e PL.

 

O SR. ROQUE JACOBY: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Amigos de todas as grandes atividades culturais do Rio Grande do Sul aqui presentes, boa-tarde.

Hoje é um dia muito especial. Especial porque, primeiramente, devo agradecer pelos gentis e grandiosos gestos dos Vereadores Cláudio Sebenelo, 1º Suplente, e do nosso querido amigo Antonio Hohlfeldt, Líder da Bancada do PSDB, que através de articulações com os Vereadores e Suplentes das Bancadas do PMDB e PSDB, estão permitindo que os Vereadores Suplentes assumam. Agradeço, então, porque permitiram dar este encaminhamento, que considero de rara felicidade.

Hoje é um dia especial também, porque não é todo dia que alguém da área cultural do Estado consegue festejar 25 anos de atividades ininterruptas, e especial, porque a empresa e os homenageados são especiais.

Cultura, educação, turismo são bandeiras que defendo. E a cultura, em especial, tem merecido, mundo afora, uma atenção cada vez maior. A cultura deixou de ser exclusividade ou preocupação de uma minoria, da minoria privilegiada, e passou a ser hoje uma grande pujança econômica, oferecendo emprego e renda, e seu acesso tem sido, cada vez, melhor partilhado e mais democratizado.

Não há dúvida de que, no Brasil, ainda continua sendo muito difícil a manutenção de estruturas voltadas exclusivamente para concretização de projetos culturais, que o digam Carlos e Geraldo. Mas, no mundo todo, porém, há um sentimento cada vez mais aguçado da necessidade do fortalecimento dos valores culturais regionais, com as suas identidades preservadas, como contraponto à inevitável globalização. E, nesse contexto, vale ainda mais esta homenagem que agora aqui prestamos.

Vinte e cinco anos da Opus Promoções; vinte e cinco anos de espetáculos.

O amigo Juarez Fonseca, jornalista, escreveu: “Até a metade dos anos 70, Porto Alegre era uma espécie de deserto em se falando de grandes espetáculos.” E Porto Alegre, realmente, não estava inserida na rota dos grande eventos.

Com a construção do Gigantinho, em 1975, surgiu, em 2 de maio de 1976 - por iniciativa do obstinado e já experiente Geraldo Lopes -, a Opus Promoções, que assegurou a Porto Alegre a vinda de espetáculos, de grandiosas orquestras, artistas internacionais, nomes fortes da MPB e o melhor do teatro produzido no País.

Aliás, o saudoso crítico de teatro, o Jornalista Cláudio Heemann, quando dos 15 anos da Opus assim se manifestou: “Sem perder a noção das características específicas em que os espetáculos teatrais porto-alegrenses encontram clima para vir à tona, a Opus introduziu no panorama do Estado uma visão empresarial, dinâmica e autoconfiante, dando, em termos de mídia, um tratamento que tem resultado na melhor das respostas mercadológicas que o teatro da Cidade conquistou nos últimos tempos”.

Ao se falar em Opus, dois nomes surgem instantaneamente. Já falamos no primeiro - Geraldo Lopes, sua obstinação e competência - e não comentamos nada a respeito do segundo.

Em 1983, rapaz de 16 anos, presidente do Grêmio Estudantil da Escola Estadual Piratini, para cumprir tarefas escolares e também fazer média com seus eleitores, buscou uma aproximação com o pianista Artur Moreira Lima quando do seu concerto no Salão de Atos da UFRGS. Conheceu então o Geraldo, foi à Opus, encontrou e falou com Artur Moreira Lima, gostou do que viu e ouviu, apaixonou-se pela proposta da empresa e, logo em seguida, acabou se engajando no processo como office-boy.

Esse rapaz é o Carlos Konrath, hoje Diretor da Opus, simpático, sempre disposto, sorriso cativante, que me faz lembrar o que disse Antonio Hohlfeldt do Geraldo, há dez anos, e roubo-lhe o texto incluindo o Carlos: “Se Geraldo Lopes e Carlos Konrath não existissem, teríamos de inventá-los”.

A cultura do Rio Grande do Sul, caros amigos, é o que é porque esses dois jovens apostaram numa proposta de profissionalismo, de qualidade e de persistência. A Opus, nesses 25 anos, ao promover mais de setecentos e vinte espetáculos e mais de duas mil, quinhentos e dez apresentações, brindou em torno de quatro milhões de espectadores gaúchos.

O trabalho aqui desenvolvido a credenciou para desenvolver parcerias duradouras com importantes patrocinadores e, mais recentemente, através do Arte GVT, transporá fronteiras, pois, sob sua coordenação, serão levados espetáculos a grandes cidades brasileiras.

Carlos, Geraldo e toda equipe da Opus: esta Casa sente-se honrada em poder prestar esta homenagem, justa e oportuna; a comunidade cultural de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul agradece pelo emprenho e pela ousadia em promover e trabalhar sistematicamente a cultura nestes 25 anos. E nós, aqui presentes, temos orgulho de vocês. Portanto, hoje é um dia muito especial: vocês são o espetáculo! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Registramos, como extensão da Mesa, os representantes da Companhia Zaffari, Márcio Corá e Paulo Mati; o representante da Praetzel Comunicação, Cacaio Praetzel; o representante da Associação dos Produtores Culturais do Rio Grande do Sul, Roni Leal; o representante da RBS e TVCOM, Maria José Hickman.

Também queremos registrar as correspondências recebidas, cumprimentando, tanto o autor, o Ver. Roque Jacoby, e principalmente os homenageados o Geraldo e o Carlos: Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Desembargador Luiz Felipe Vasques de Magalhães; Secretário  Estadual da Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Dr. Renato de Oliveira; Dep. Estadual Kalil Sehbe; Secretário do Planejamento Municipal, João Motta.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para falar em nome de sua Bancada e em nome da bancada do PC do B.

Solicito ao Ver. Carlos Alberto Garcia que assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. Carlos Alberto Garcia assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Tenho o prazer de falar em nome da Bancada do meu Partido, o Partido dos Trabalhadores, e em nome do PC do B.

Houve um tempo, no passado, em que as atividades culturais e muito da cultura da nossa tradição cultural esteve na mão de algumas pessoas muito abonadas, os mecenas. Mas no mundo moderno, há poucos lugares para o mecenato. Há lugar, sim, para a competição e, fundamentalmente, para a criatividade. Se não fossem empresários corajosos, destemidos e ousados, como Geraldo e Carlos, talvez muitas atividades culturais, em Porto Alegre, nos últimos 25 anos, não teriam acontecido.

Eu tenho a convicção de que eles são sabedores de que nada se faz sozinho, porque, no mundo de hoje, não podemos mais apartar o público do privado, porque, muitas vezes, atividades culturais se fazem em espaços públicos, como exemplo, o nosso Teatro São Pedro, e, sem dúvida alguma, não fosse a convivência entre o público e o privado, a parceria, muitas dessas atividades não teriam acontecido. Se não fossem os empresários, como os da Opus, muitas atividades, a municipalidade, o Governo do Estado e o Governo Federal, ou seja, o Poder Público, não teriam realizado. O mundo moderno tem-nos ensinado isso, embora, infelizmente, alguns ainda não compreenderam a importância deste movimento conjunto.

Aqui, em Porto Alegre, estamos na modernidade; somos uma cidade, quase 100%, despidos de preconceitos. É por isso que avançamos: o povo deste Estado, deste País, tem um carinho especial pela nossa Capital, porque ela, além de agradável, recebe bem os seus visitantes, é uma cidade de pujança cultural. As atividades que realizamos nos últimos anos, nas quais a Opus Produções teve um papel importante, parceira em todos os momentos da atividade cultural de nossa Cidade, estão-se tornando um referencial para o MERCOSUL. Nesta semana, haverá “Porto Alegre em Buenos Aires”, daqui a alguns dias, teremos “Porto Alegre em Cena”. Nós temos belos espetáculos teatrais em nossa Cidade, minha cara Glória Menezes, não só no Theatro São Pedro, em pequenos teatros, inclusive na rua e na periferia da nossa Cidade. Nós somos uma cidade que tem espaço para todos, seja no bonito e conservado Theatro São Pedro, como na nossa Restinga.

É assim Porto Alegre. É assim Porto Alegre, porque nós temos pessoas - permitam-me chamá-los de vocês, Geraldo e Carlos -, que acreditaram em seus empreendimentos, que acreditam na cultura, porque dificilmente encontramos empreendedores que acreditam na cultura, que a cultura possa ser um elemento, inclusive empresarial. Hoje, não sendo assim, não se faz absolutamente nada.

Eu quero, portanto, deixar registrado a todos o nosso contentamento por podermos estar aqui, nesta comemoração. Eu tenho certeza de que, a cada ano, estaremos fazendo uma grande festa e festas maiores, porque caminhamos, sem dúvida nenhuma, para fazer de Porto Alegre a Capital turística e cultural do MERCOSUL, uma grande parceria entre o povo de Porto Alegre e os empreendedores, como vocês, da Opus Produções. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em nome da Bancada do PFL.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Manda a tradição da Casa que, em oportunidades como esta, em que a Câmara se reúne em Sessão Solene, para homenagear os 25 anos da Opus Promoções, que um orador, em regra o proponente da homenagem, faça o pronunciamento de fundo, com maior amplidão, e, sobretudo, com maior profundidade. Isso já ocorreu através do Ver. Roque Jacoby, que, dando-nos a alegria de partilhar algum tempo do seu convívio aqui na Casa, se vale da sua cultura, do seu conhecimento para, de forma exemplar, colocar não só em nome das Bancadas em nome das quais ele falou, mas, sobretudo, em nome da Casa, as razões e os fundamentos desta homenagem.

Como Líder do Partido da Frente Liberal, eu vivi o dilema de arriscar falar depois do Ver. Roque Jacoby e do Ver. Adeli Sell e, dessa forma, pecar pela omissão, ou ganhar um pouco de coragem, enfrentando a tribuna, fazendo com que se realize uma quase mania que os liberais cultivam com muita profundidade, pois não conseguimos silenciar diante da vitória, diante da competência, diante dos resultados positivos de alguém que acredita numa atividade e que a realiza com responsabilidade.

Ora, não se precisa ser muito erudito, nem conhecedor dos meandros da promoção cultural para saber que esse era um caminho até pantanoso, em determinados momentos, dado o número de sucessos momentâneos que ocorre em todos os quadrantes do território brasileiro de produtoras que surgem com brilho exemplar e logo depois desaparecem.

Mantém-se 25 anos sempre aumentando esse cabedal de bons serviços e confiabilidade e respeitabilidade que se tem pela Opus, não só por parte daqueles que são espectadores dos seus programas, das apresentações que promovem, mas, sobretudo, daqueles que são envolvidos nessas programações, muitos dos quais só vieram ao Rio Grande do Sul no social da Opus.

Vinte e cinco anos, ganhando conceito nessa área, não ocorreram por mero acaso. Existe muito de profissionalismo, existe muito de competitividade, sobretudo, de competência, mas existe mais: responsabilidade e fé, crença naquilo que faz. Os liberais não são capazes de silenciar frente a um fato como esse. É em razão da homenagem à seriedade, à profissionalização que, tanto o Geraldo Lopes como o Carlos Eduardo Konrath, que se jogaram na atividade, que estamos na tribuna para cumprimentá-los. Até num reconhecimento, como Vereadores desta Cidade, pois sabemos que antes da Opus as coisas, aqui, no Rio Grande do Sul, nesse particular, eram muito complicadas.

Eu lembro, Ver. Adeli Sell, de que a primeira vez que se levou uma atividade cultural de maior expressão à Vila Restinga, no seu Centro da Comunidade, com o meu conterrâneo, Miguel Ângelo Proença, foi um desafio. O próprio Miguel foi desaconselhado a se apresentar na Restinga, porque existia o mito de que lá só poderia haver atividades vinculadas ao carnaval, que teria um público refratário a outras manifestações culturais. O sucesso da ocasião, noticiado em todo o Brasil, provavelmente, tenha sido um fato a fazer com que esse jovem, que foi líder estudantil lá, no Colégio Piratini, Dr. Dexaimer, onde o senhor foi Presidente do Grêmio Estudantil, continuasse a produzir valores para a Cidade de Porto Alegre. Aqui, estamos homenageando um deles, junto com o seu sócio, que hoje, comparece, aqui, na Câmara Municipal, quando festejamos os 25 anos de atividades da sua empresa, quando, de coração, com o reconhecimento próprio, que a sensibilidade do representante popular, obrigatoriamente deve possuir, estamos dizendo aos dirigentes da Opus, que ao lado dos parabéns, ao lado dos cumprimentos, acrescentamos aquela tradicional palavrinha, que o vernáculo brasileiro, com tanta propriedade, insere e que se ajusta a vários momentos, especialmente um momento como este: Muito obrigado.

Muito obrigado pelo que vocês fizeram pela cultura na Cidade de Porto Alegre! Na presença da nossa colega Margarete Moraes, que é um reconhecimento explícito, do próprio comando administrativo do Município e nós, que não representamos uma parte, a parte vitoriosa das eleições da Cidade, mas o conjunto de todos os pensamentos que convivem na sociedade de Porto Alegre, nós, com muito mais razão, com muito mais motivos, estamos aqui dizendo, sonoramente: Muito obrigado à Opus, muito obrigado ao nosso Konrath, muito obrigado ao Geraldo, muito obrigado àqueles funcionários da Empresa que com fé, carinho, disposição e determinismo trouxeram a Opus até o dia de hoje, nos seus 25 anos de atividades, os quais, certamente, levarão por muito mais tempo, para que outras tantas homenagens a Casa do Povo possa oferecer aos senhores. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra ele falará em nome do PSB.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Queremos, primeiramente, parabenizar o Ver. Roque Jacoby pela iniciativa. Ver. Roque Jacoby, que bom tê-lo como colega! Ter como colega alguém que luta e inclui em sua plataforma a cultura, assim como a Ver.ª Margarete Morais.

Mas falando, especificamente, da Opus, que hoje comemora 25 anos, podemos dizer, sem sombra de dúvida, que falar em Opus é falar em cultura, é sinônimo da arte e de garantia de bons espetáculos no nosso Estado. Seguidamente, recebo em minha residência, como os senhores, tenho a certeza, correspondência da Opus informando os espetáculos que vão acontecer em nossa Cidade. Isso é uma marca de garantia e, ao mesmo tempo, um vínculo permanente que a Opus tem com aquelas pessoas que julga serem mais próximas ou que têm uma ligação maior com a área cultural. Geraldo Lopes e Carlos Konrath, sinto-me honrado de ser uma daquelas pessoas que recebem sistematicamente essas correspondências.

A Opus tem uma característica, ela conseguiu – e o Ver. Roque Jacoby expressou de maneira brilhante –, assegurar que os grandes espetáculos passem por Porto Alegre. Nós sabemos que, durante muitos anos, os espetáculos passavam por Porto Alegre, mas não ficavam, iam direto para Buenos Aires ou Montevidéu. Eles passavam pela via aérea. Com a Opus, nós tivemos a garantia desses eventos também comparecerem em Porto Alegre.

Eu lembro de uma passagem muito interessante, na Legislatura passada, quando apresentamos aqui, na Casa, um projeto polêmico, que previa que todo e qualquer show internacional, em Porto Alegre, fosse precedido por músico local. Gerou uma polêmica muito grande, na época, mas a Opus nunca emitiu uma opinião de mérito, mas muito colaborou com a construção do Projeto. E foi, por intermédio de uma proposta da Opus Promoções, que colocamos uma emenda que o Projeto – que virou lei –, só se aplicaria a lugares acima de duas mil pessoas, fazendo com que os nossos teatros não aplicassem a lei. Explicaram-nos o porquê, seria inviável fazer encontros de músicos locais com músicos estrangeiros em palcos pequenos; esse Projeto foi acolhido graças a quem trabalha e vive o dia-a-dia da Cidade. A nossa preocupação, como legislador, na oportunidade, era oportunizar e garantir que talentos locais pudessem também ter sua vez nesses megaespetáculos onde, muitas vezes comparecem quinze, vinte mil pessoas, em um espetáculo que começa às 21h, por volta de 16h ou 17h.

Portanto, nós queremos parabenizar a Opus pelos 25 anos. Para quem trabalha nessa área, 25 anos, realmente, é algo muito significativo. É algo que fica marcado.

Eu vejo aqui, quando falamos em Glória Menezes e Tânia Carvalho, que elas são o que são, pelo seu permanente trabalho. E posso dizer que a Opus Promoções é o que é e permanecerá sendo durante muitos anos, também pelo seu trabalho.

Parabéns e continuem, cada vez mais, engrandecendo a arte e cultura do nosso Estado. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra e falará pelo PPB.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Por mais de uma vez, desta tribuna, chamei a atenção para o fato de que avulta em nosso meio, infelizmente, um preconceito, esse sim, realmente preconceituoso, despido de conhecimento, e que é muito sério e grave, que considera, previamente, como arte ou cultura qualquer manifestação de tendência intelectual, ainda que não tenha as mínimas características de uma ou de outra. Arte e cultura são palavras que têm sofrido, especialmente nos últimos anos, uma corrupção de significado, muitas vezes de fim utilitário, destinada a colocá-las a serviço de intenções perversas, destruidoras dos mais lídimos valores da sociedade.

E o pior de tudo é que, em muitas situações, essa deturpação de sentido advém exatamente de órgãos públicos que deveriam ser responsáveis por sua preservação, por seu incentivo e por seu desenvolvimento.

Trata-se de quase um movimento social no sentido de vulgarizar a arte e a cultura, esquecendo ou ignorando que arte e cultura falam necessariamente ao espírito e encaminham o homem, imperfeito por construção, à realização de seu objetivo maior, que é ser feliz, no caminho da perfeição.

Em contrapartida, porém, há outros movimentos e instituições que agem no sentido certo, que buscam e propiciam o contato com a arte e a cultura e que promovem o seu desenvolvimento entre as pessoas, implicando em seu próprio desenvolvimento.

É, pois, com grande alegria que, em nome da Bancada do Partido Progressista Brasileiro, tenho a honra de integrar, juntamente com os dedicados Vereadores João Antonio Dib, Pedro Américo Leal e Beto Moesch, alinho-me à homenagem que hoje esta Casa presta à Opus Promoções, dedicando-lhe esta Sessão Solene, por sugestão e iniciativa do Ver. Roque Jacoby.

Quando a maioria das empresas fenece ainda nos dois primeiros anos, comemorar os 25 anos de existência de uma empresa já é motivo de justo júbilo. E quando essa empresa se dedica a tão complexa atividade, como é a difusão cultural, pouco estimulada pelos poderes públicos, apesar de sua importância social e educacional, é de se destacar esse acontecimento com pompas e com alarde.

Em nítido contraste com tantos fatos lamentáveis que temos visto por aí, a Opus Promoções, ao invés de vulgarizar a arte e a cultura, tem realizado ingentes esforços no sentido de popularizá-las, de torná-las acessíveis a todas as pessoas, de fazer com que cumpram seu papel de qualificadoras da vida humana.

Poderá alguém, menos avisado e menos esclarecido, levantar a questão de que sua atividade tem um significado comercial, o que é verdade. Esse, no entanto, é mais um dos seus méritos, pois coloca a iniciativa particular em ação no mercado, disputando espaço com o marketing de produtos e serviços de consumo comum, colocando-se acima do pragmatismo econômico, para prestar um serviço de inestimável valor a nossa Cidade no campo da verdadeira cultura, que cria e desenvolve valores sociais, que cria e desenvolve oportunidades de lazer, que cria e desenvolve progresso e desenvolvimento. Pois, em cada evento que promove, promove também a pessoa humana, promove o artista, promove o turismo e promove a geração de empregos, coisa de que a nossa Capital está tão necessitada.

A história da Opus está indelevelmente ligada à história da cultura da nossa Capital e é, sem dúvida nenhuma, das mais brilhantes e dignas de elogios e também de homenagens, justificando plenamente esta Sessão Solene e tudo mais que se fizer para destacar os 25 anos de existência desta empresa.

Parabéns à Opus, aos seus diretores, funcionários, colaboradores, fornecedores. Parabéns pelo seu Jubileu de Prata. Mas também está de parabéns a Cidade de Porto Alegre e a população desta Capital, que conta com o seu trabalho denodado e muito bem qualificado. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): A Sr.ª Tânia Carvalho está com a palavra e falará em nome da Opus Promoções.

 

A SRA. TÂNIA CARVALHO: Quero saudar o Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Fernando Záchia, e o Ver. Carlos Garcia, neste momento na presidência desta Sessão, e a minha querida amiga Margarete Moraes, Secretária Municipal de Cultura, representando o Prefeito Municipal de Porto Alegre e representando ela própria, o seu trabalho e toda a sua capacidade profissional. Sinto-me muito feliz e plena por estar junto com dois amigos muito queridos, realmente são amigos do meu coração, o Geraldo Lopes e o Carlos Eduardo Konrath; sinto-me feliz também pela oportunidade de termos a Glória Menezes – é uma dupla glória, nesse momento –, aqui conosco. Aproveitando a oportunidade, gostaria de convidar todos para assistirem, a partir de quinta-feira, no Theatro São Pedro, às 21h, à peça Jornada de um Poema. Querido amigo Lauro Schirmer.

Minhas primeiras palavras são de sincero e carinhoso agradecimento à Câmara Municipal de Porto Alegre, à sua Mesa Diretora e, em especial, ao amigo Ver. Roque Jacoby, que propôs esta Sessão Solene em homenagem ao 25º aniversário da Opus Promoções. Esta é uma homenagem que muito emociona a Opus Promoções, os sócios Geraldo Lopes e Carlos Konrath. E, para que pudéssemos avaliar juntos o tamanho dessa emoção, eles me pediram - e me senti muito honrada e homenageada por isso -, que eu recordasse, aqui, um pouco da história da Opus, uma história de sucesso, uma história que, por si só, justifica a homenagem desta tarde.

Foi o orgulho de receber essa homenagem, junto com o pânico de falar em público e um certo constrangimento de recordar as próprias conquistas que fizeram com que Geraldo Lopes e Carlos Konrath – as figuras principais desta grande equipe que é a Opus Promoções –, me pedissem para estar aqui no lugar deles. Então, aqui estou para contar um pouco da história de uma das mais bem sucedidas empresas do ramo da produção cultural do Brasil.

A Opus é hoje, depois de 25 anos de atividade, uma empresa que possui aquela credibilidade que permite bancar até o impensável, seja na dança ou no teatro, no rock, na música popular, na música erudita, envolvendo talentos locais, nacionais e internacionais. Foi no longínquo 2 de maio de 1976 que a Opus Promoções começou a existir. O Jornalista Juarez Fonseca afirmou que “até o meio dos anos 70, Porto Alegre era uma espécie de deserto - havia a Pró-Arte e algumas outras companhias – em se falando de grandes espetáculos”. Por isso, acredito que a Opus pode deixar de lado um pouco a sua costumeira modéstia. Eles são modestos - mas não precisam ser -, para reconhecer que, a partir da sua fundação, Porto Alegre mudou, o cenário cultural de Porto Alegre nunca mais foi o mesmo, felizmente. A Opus pode dizer isso porque há provas irrefutáveis, num longo caminho percorrido.

Nesses últimos 25 anos, foram mais de setecentos e vinte espetáculos que tiveram a chancela da Opus. É como se a cada duas semanas, sem nenhuma interrupção, mesmo nas baixas temporadas, mesmo nas crises econômicas, tivesse vindo a Porto Alegre um espetáculo diferente, mas sempre com a mesma marca de qualidade indiscutível, a marca Opus. Espetáculos de teatro, de música, de dança, nacionais e internacionais. Com os seus mais de setecentos e vinte espetáculos, a Opus introduziu algo que era desconhecido em Porto Alegre nos anos 70: a credibilidade na organização e na promoção de eventos. Isso já foi reconhecido em 1986, quando, nos dez anos da Opus, o jornalista e queridíssimo crítico de teatro do jornal Zero Hora, o saudoso Cláudio Heemann afirmou: “Sem timidez, sem falsa modéstia nem exagero a Opus tem sabido dar dignidade às realizações que gerencia, obtendo uma pronta resposta em audiência. Com idoneidade e critério, a Opus adquiriu credibilidade e dá confiança, mostrando que sabe propiciar articulação entre espetáculo e a platéia a qual ele se destina. Opus é uma palavra que, como rótulo de serviço no campo das artes, projeta a idéia de boa comunicação em termos de ofertas variadas”. Nesses últimos 25 anos, a Opus colocou Porto Alegre no mapa cultural do País, fazendo com que as grandes produções aterrissassem por aqui, em vez de apenas sobrevoarem os céus de Porto Alegre, entre São Paulo e Buenos Aires. O tempo foi passando, a Opus foi-se consolidando, cada espetáculo conquistando novas platéias e mostrando a necessidade de trazer mais atrações, formando um público, educando um público e motivando-o a assistir espetáculos de qualidade. As atrações foram-se multiplicando, foram entrando para a nossa história, citamos espetáculos locais como o Bailei na Curva e A Fonte, citamos também o teatro nacional com todos os grandes nomes do teatro brasileiro: Paulo Autran, Fernanda Montenegro, Glória Menezes, Marília Pera, Renata Sorrah; música, como as duas edições do Free Jazz, as temporadas de Marisa Monte; shows de Chico Buarque, o show do Sting, no Estádio Olímpico; o Canta Brasil, no Beira Rio. O último show de Elis Regina, em Porto Alegre, no Gigantinho, música erudita com grandes solistas; orquestras internacionais; grupos de dança, como Grupo Qorpo, que já tem quase a identidade da Opus, nascido há 25 nos, como a Opus, ou o Nederlands Dans Theater, Mikhail Barishnikov ou Joaquin Cortés.

A história da Opus se confunde com todos os grandes nomes que ajudaram a empresa a crescer, fazendo com que Porto Alegre se tornasse um grande pólo, um grande núcleo, uma grande Cidade de cultura. Como disse o Jornalista e Vereador Antonio Hohlfeldt nos 15 anos da Opus, em 1991: “Pensem-se os grandes balés que vieram a Porto Alegre. A Opus é responsável. Recordem-se os grandes conjuntos coreográficos dos países do leste europeu, quando as desconfianças anticomunistas geravam incertezas que exasperavam os nervos de cada um, sempre com o perigo de cancelamento de passaporte, como uma vez ocorreu com o Bolshoi: a Opus está presente. Lembremos alguns dos grandes espetáculos teatrais do Centro do País: a Opus está aí. Não vou dizer que são poucos anos que valem por um século. Seria exagerar. Mas, certamente, são anos que valem pela formação de muitos jovens no bom gosto da música, da dança e do teatro”.

O sucesso de uma empresa depende da dedicação, da competência e da obstinação dos que nela trabalham. E as pessoas que trabalham na Opus trabalham com a maior paixão, e esse eu já penso ser um ponto positivo magnífico. Mas nesta caminhada de sucesso, a Opus reconhece que não esteve sozinha. Sempre com a preocupação de incluir Porto Alegre definitivamente na rota dos grandes eventos, a Opus procurou e encontrou parceiros fiéis e amigos, para desenvolver projetos com empresas que apostaram na qualidade do seu trabalho e para viabilizar a vinda de grandes produções através de patrocínios. É com estes parceiros fiéis que Geraldo e Carlos querem também compartilhar esta homenagem da Câmara Municipal de Porto Alegre. Assim, não seria possível deixar de mencionar o Projeto Cultural Colombo-Brastemp, hoje Projeto Cultural Colombo, desenvolvido desde 1994. A Elegê Alimentos, o grupo AVIPAL, parceiros da Opus desde 97, os Concertos Comunitários patrocinados pela Companhia Zaffari, com quem a Opus trabalha desde 97 também; o Programa de Relacionamento Viva Claro - Telet, parceiro recente desde o ano 2000 e com a Arte GVT, a parceria mais nova, através da qual espetáculos serão levados a grandes cidades brasileiras, com a coordenação da Opus.

Pois, através dessas parcerias, a credibilidade da Opus foi confirmada, assegurando que seu trabalho chegasse ao objetivo final, que é o público, e permitindo que o nome Opus e a cultura de Porto Alegre se tornassem indissociáveis. Desde 76 até 2001, muita coisa mudou na Opus Promoções, que foi-se profissionalizando cada vez mais. Se eram antes produzidos quatro eventos mensais, agora a média chega a oito ou dez eventos em um mês. Da mesma forma com que as parcerias permitiram o crescimento, o trabalho de Geraldo Lopes e Carlos Konrath, não teria sido possível sem uma equipe coesa e que tem aumentado constantemente. Nesses 25 anos, a equipe de produção triplicou e deu sua cara e estilo à produtora. Também, com essa grande equipe, Geraldo e Carlos querem repartir essa homenagem, citando os nomes de Átila, Rejane, Adolfo, Paulo Martins, Noêmia, Gessi, Paulo Zanesco, Cássio, Diogo, Adriana, Flavinha, Rui, Luciana, Edgar, Juliano, Janaína, Francine, Rodrigo, Fabiano, Tatiana, André, Solange, Luti, Tiago. Com que paixão eles trabalham! A gente sente isso! A Opus já corre no sangue deles. Homenageamos toda a equipe de produção, dividindo com ela os méritos que hoje Porto Alegre reconhece no trabalho da Opus. A Opus é motivo de orgulho para Porto Alegre e para os profissionais que compartilham com ela esse grandioso trabalho. Ainda disse o Juarez Fonseca, jornalista: “O logotipo Opus tornou-se garantia de qualidade, status de exceção, coisa que precisa mais do que simples crédito nos bancos para ser oferecida.”

Os profissionais também compartilham com a Opus Promoções a importância do seu trabalho. São elogios e congratulações vindos de atores, músicos, diretores, coreógrafos, jornalistas, políticos, empresários, amigos. Vale a pena reproduzir o que dizem algumas pessoas que nos visitam, elas deixaram registrado para a Opus: Renata Sorrah: “Porto Alegre, pelo menos para mim, não existe sem vocês.” Regina Duarte: “O profissionalismo, a forma séria e carinhosa com que vocês nos recebem sempre são um estímulo importantíssimo na nossa missão de promover o encontro teatral.” Marisa Monte, em sua recente temporada aqui: “Parabéns pela competência, profissionalismo e pelo carinho no cuidado com a arte.”

O Grupo Qorpo não deixou de se manifestar: “A gente sabe: nascemos no mesmo ano, estamos com deliciosos vinte e cinco anos. Dos mesmos pais não saímos. Mas temos certeza: somos da mesma enfermaria.”

Evandro Mesquita celebrou: “Opus, 25 anos e corpinho de 18!”.

E a grande dama do teatro brasileiro, Fernanda Montenegro, disse: “Fernando e eu lidamos com a Opus Promoções desde os anos 80, e dessa organização só recebemos atenção, profissionalismo, qualidade e carinho no atendimento para com os artistas. Nós, produtores e técnicos, todos nós do mundo dos espetáculos sabemos que, com a Opus, estamos em muito, muito boas mãos”.

Glória Menezes não mandou dizer nada, ela veio, pessoalmente, trazer o seu abraço aos amigos. O que é ótimo, Geraldo e Carlos, termos a Glória aqui. Foi uma rara oportunidade tê-la, hoje.

Uma vez, nesta mesma Câmara Municipal, Geraldo Lopes recebeu a distinção de Cidadão Emérito de Porto Alegre. O mesmo aconteceu com Carlos Konrath, que tornou-se o mais jovem cidadão porto-alegrense a receber esta distinção. As distinções de Cidadão Emérito já demonstravam a importância individual que estes cidadãos, Geraldo e Carlos, têm para a Cidade de Porto Alegre. A homenagem desta tarde vem-se acrescentar àquelas distinções e talvez seja ainda mais importante: distinguirem-se pessoas como cidadãos eméritos é destacar o valor individual de cada um, homenagear a empresa construída por estes indivíduos é distinguir um trabalho coletivo que tem sido feito em prol do desenvolvimento cultural de toda a nossa comunidade. Por isso, nesta hora, o orgulho e a emoção são redobrados e reforçados.

Tudo o que a Opus Promoções fez nestes seus vinte e cinco anos de atividades foi feito para o engrandecimento de Porto alegre, para a colocação de Porto Alegre no mapa cultural do Brasil, fazendo com que Porto Alegre tivesse credibilidade como mercado de arte e cultura. A Opus, como extensão de Porto Alegre, tem feito tudo para receber os artistas locais, nacionais e internacionais, como o melhor dos anfitriões, fazendo com que todos se sintam em casa, acolhidos com carinho, dignidade e respeito. Acreditamos que foi com este objetivo que a Opus desenvolveu o seu trabalho, colocando Porto Alegre no mapa cultural do País e fazendo com que Porto Alegre seja uma cidade especial para cada artista que vem aqui. Todos eles adoram ainda mais, quando estão juntos com a Opus.

A homenagem desta tarde é especial por isto: se a Opus Promoções tem trabalhado em prol de Porto Alegre, receber uma homenagem desta Câmara Municipal, que representa em seus integrantes a própria comunidade porto-alegrense nos seus vários matizes políticos, é o coroamento, a melhor prova de sucesso do empreendimento do Geraldo e do Carlos. Tenho certeza de que a Opus Promoções tem mostrado para a nossa comunidade, com maturidade e com seriedade, que a difícil tarefa de trabalhar com produtos culturais, às vezes efêmeros, pode render frutos sólidos e duradouros. Tenham, os senhores e as senhoras, a certeza de que nesta tarde estamos colhendo um dos frutos mais sólidos e duradouros que se poderia desejar: o reconhecimento desta Casa, que representa toda a comunidade para a qual a Opus tem trabalhado, sem descanso e com desprendimento, nesses últimos vinte e cinco anos.

Só nos resta dizer, em nome da Opus Promoções, de Geraldo Lopes e de Carlos Konrath, um “muito obrigado” cheio de emoção e com a promessa de que o trabalho da Opus continuará a se pautar pelas mesmas linhas de competência e pela tarefa incansável de construir a cultura de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, lutando por ela, fazendo com que ela cresça e represente sempre o melhor de todos nós.

Para encerrar, eu queria dizer que a minha história profissional também se confunde com a Opus, e eu me sinto muito confortável de estar estreitamente ligada a vocês e de ser amiga de vocês. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

(Procede-se à mostra do vídeo.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em nome da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre queremos, mais uma vez, parabenizar o Ver. Roque Jacoby pela iniciativa e dizer da alegria da Cidade de Porto Alegre em homenagear a Opus nas pessoas dos seus dois diretores o Geraldo Lopes e o Carlos Eduardo Konrath, pelos 25 anos. Hoje é uma maneira simples, singela de esta Casa, a Casa do Povo, fazer o reconhecimento público de uma empresa que tem trabalhado e muito em prol da arte do nosso Estado e do Brasil.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Rio-Grandense.

 

(Executa-se o Hino Rio-Grandense.)

 

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h44min.)

 

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